O V Colóquio sobre as Questões Étnicas mo Nordeste Brasileiro, em discussão a inclusão da Lei 10.639 "O ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana no Brasil" publicada em 10 de janeiro de 2003. Evento realizado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte UERN em Mossoró/RN, através do curso de Serviço Social; na ocasião se comemorava os 10 (dez) anos da referida lei, que simboliza um marco histórico da luta antirracista do Brasil. Aconteceu de 19 a 22 de novembro de 2013, dentro da programação acadêmica da Semana da Consciência Negra. Convidado a compor a mesa no segundo dia com a seguinte temática: Quilombos e terreiros, lutas e reivindicações afro Brasileira no Rio Grande do Norte. Na ocasião estando Presidente da Fundação Areia Branca de Cultura, e naquela instituição, havia iniciado um processo de legalização dos terreiros religiosos de Culto de Matriz Africana de Areia Branca/RN (contarei em uma postagem exclusiva do tema); a mesa teve a mediação e coordenação da Professora Eliana Anselmo e assessorada por um grupo de alunos que se mostraram bastante ativos e interessados ao tema. Contou com a presença do Babá Melkezedec, historiador, potiguar que ergue a bandeira das lutas pelos povos afro e suas heranças cultuais. Houve um debate bastante participativo.
Babá Melkzedec, Ramon Rodney, Flávio, Edvan e Robson Kashack
Ramon Rodney ao lado da Flavinha Dela Rocha
O olhar do poder publico para esse processo, depende do quanto ousamos avançar nas discussões e em consensos nas decisões, o colóquio, trouxe dados e estatísticas que puderam mostrar os avanços e as repressões, como também a ação da Flavinha Dela Rocha, em criar através de grupos de jovens de descendência afro, mensagens dos orixás (marca texto) e levá-los aos semáforos e ruas de Natal e Extremoz, afim de também quebrar o mito de que a religião é do mal, ou que faz mal a alguém, onde a beleza e a pureza dos orixás só fortalece seus filhos e trazem axé aos que tem fé.
Temática do evento
Platéia bastante diversificada, ambiente multicultural
A representação dos povos de terreiros afro descendente foi muito importante na discussão, uma vez que muitos questionamentos (em sua maioria) envolvia lutas, resistências e testemunhos de intolerâncias sofrida em terreiros diversos ali representado. Em um determinado momento, a plateia pode se expressar, questionar e se posicionar enquanto leigos a respeito de diversas questões a da religiosidade e os infinitos mitos populares que de certa forma existiu por muitos anos uma barreira popular que deram nomes e estereótipos que a religião não tem e nem condiz com o divulgado. graças as muitas conquistas, aos muitos negros que deram seu suor, seu sangue para que hoje a "liberdade" pudesse existir entre os seus. Uma integrante de um quilombola no RN, esteve presente, explanou a vivencia ainda nas tradições dos ancestrais, como essa educação passa de geração em geração e as opressões ainda sofrida Nos dias de hoje a sociedade ainda discute os avanços; o preconceito racial, de religião, de cor e social, durante muitos anos atrasaram o avanço e o reconhecimento de um povo que deu nossa origem de toda nossa expressão cultural. Mas, lá atras eram 'vendáveis" de valores miseráveis e tratamentos cruéis; as expressões culturais eram nos quilombos, a musica, a devoção, o artesanato, o alimento e a dança faziam dos sofredores os seres mais feliz do mundo nem que fosse por algum instante; tinham seus orixás como fonte de alimento de fé e esperança, em tudo havia esperança e isso é o maior legado imaterial dos povos africanos em terras" brasilis".
Ramon Rodney, Flavinha Dela Rocha, Profa Eliana Anselmo, Babá Melkzedec
Esse encontro abriu portas para que na academia pudesse ser discutido algo que ainda é tão "intolerado" porem tão cultuado, basta vermos as festas de final de ano todos de branco oferecendo fores a Iemanjá (orixá rainha do mar) e ainda pula as sete ondas rsrsrs é isso ai! o discurso foi bastante proveitoso, no momento alunos novos de serviço social, alguns se identificaram com a temática para suas pesquisas e outros buscaram ver os parâmetros da questão legal e um ponto unanime é de que se necessita de leis que de amparo moral aos terreiros e seus povos.
Representantes dos terreiros de culto religiosos de matrizes africana
Por
Ramon Rodney/Produtor Cultural
"Gerando Resultados"
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